A lenda de São Jorge daria um grande case publicitário. Ela conta a história de um homem que, sozinho, enfrentou um furioso dragão para salvar a donzela indefesa, tornando-se cavaleiro da cruz, símbolo do luta contra o mal, a dominação e a exclusão social.
Jorge da Capadócia era um homem obstinado. Após a morte do pai em batalha, mudou-se com a mãe para a palestina, onde se tornou um hábil e corajoso guerreiro, capitão do exército romano e Conde da Capadócia.
Suas atitudes e idéias estavam além do seu tempo. Prova disso foi a iniciativa de distribuir toda a fortuna que herdou aos pobres.
Sua ousadia era tanta que chegou a desafiar o Imperador Diocleciano frente ao próprio senado, quando este decidiu matar todos os cristãos. O Santo Guerreiro muniu-se da sua fé e coragem e afirmou que todos os ídolos pagãos eram falsos deuses e que só Jesus Cristo era o caminho da Verdade.
O Imperador tentou fazê-lo desistir da sua fé torturando-o, mas como São Jorge não abria mão da sua campanha, o martírio continuava, ganhando notoriedade e sensibilizando o povo romano.
Sem êxito, Diocleciano mandou degolar São Jorge no dia 23 de abril de 303, segundo a tradição católica.
Os restos mortais do Santo Guerreiro foram transportados para a cidade em que crescera com a mãe. Lá foi sepultado e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer um suntuoso oratório para que a
devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.